Monday, February 02, 2015

Iemanjá

Ilustração e texto sobre Iemanjá, na Revista Muito! de Salvador-BA.


                          

                         

    
      








Thursday, December 25, 2014

DESCLASSIFICADO

Desclassificado (estudo para série), grafite s/ papel, diário gráfico, 2014.


Essa publicação acontece após um longo período de silêncio nessa página virtual.
Não é sem motivo.
Muita coisa aconteceu, minha vida mudou muito e, partindo do pressuposto de que toda produção carrega um pouco de biografia do artista, noto que meu trabalho está, cada vez mais, silencioso.
Talvez, a distância. Talvez, a lonjura das pessoas queridas. Talvez, o olhar a se acostumar com grandes paisagens áridas...

Desde o ano de 2008, um turbilhão de eventos me conduz para lugares diversos. Cruz das Almas, Cachoeira, Milão, Veneza, Roma, Belém do Pará, Lisboa, Paris, Recife, Juazeiro, Petrolina, Belo Horizonte, São Paulo, Seabra, Curitiba e até Rio de Janeiro (cidade que me presenteou com o sentimento de confiança, mas decidi não ficar).
E agora? 2015 virá com mais surpresas?

Coincidência: ao lado do primeiro estudo para DESCLASSIFICADO (título carregado de autorreferência!), uma citação da teórica portuguesa Leonor Rodrigues a confirmar meu entendimento de que DESENHAR É ULTRAPASSAR O GRÃO DO GRAFITE. Aliás, se pode desenhar com poeira, luz, carvão, fumaça, fogo, pensamento, com o percurso da caminhada...


Desclassificado (estudo para série), grafite s/ papel, diário gráfico, 2014.


Capa par Revista Extramuros, Grafite s/ papel, 42 X 59,4 cm, 2014.


A Barca, Grafite negro e sanguínea s/ papel, 150 X 120 cm, 2014.


série Fim da Linha, Linha e tecido, 35 cm (diâmetro), 2014.



Monday, September 23, 2013

Risco no Salão de Abril 2013

Até novembro de 2013, na cidade de Fortaleza - CE, estará em cartaz o 64º Salão de Abril. Participo com a obra intitulada "Monumento ao Risco". Trata-se de um desenho realizado com carvão a partir das imagens fotográficas que registrei na noite do dia 20 de junho quando, na cidade de Salvador - BA, as manifestações populares desenharam com fogo sua insatisfação. Ao término da mostra, essa obra será apagada, visto que foi realizada na parede do local expositivo, o Sobrado José Lourenço.
O salão tem curadoria geral de Ricardo Rezende, que aponta: "O Salão de Abril está mais vivo do que nunca. Os números de inscritos confirmam sua relevância. O edital registrou 811 inscritos. Desses, 30 foram escolhidos para compor a mostra [...]. O que se vê no Salão de Abril de 2013 é um panorama da produção emergente nacional que nasce nas ruas, nos ateliês dos artistas e no ambiente virtual."








 

Monday, March 18, 2013

Defesa Pública de "Crônicas do Extremo"


É com satisfação que convido a todos para Defesa Pública de minha pesquisa de mestrado "Crônicas do Extremo",dia 21.03.13 (quinta-feira), às 14 h, na Escola de Belas Artes da UFBA, Salvador-BA.

Saturday, September 29, 2012

Fogo e risco na arte





Imagens criadas com a queima e a fuligem provenientes das “espadas de fogo”. Esta é a atual produção do artista plástico Zé de Rocha, que estará em cartaz na exposição intitulada Risco, entre os dias 05 de outubro a 02 de novembro de 2012, na Galeria do Conselho em Salvador-BA. 

O risco é princípio de criação para Zé de Rocha, que parte da polissemia desta palavra na língua portuguesa, em suas acepções de traço feito numa superfície e de possibilidade de passar por perigo. Para tanto, o artista corre riscos ao construir suas obras: apropria-se de um artefato peculiar feito com bambu, argila e pólvora (espécie de busca-pé) chamado de “espada” ou “espada de fogo”, desvinculando-o de seu emprego original e utilizando-o como instrumento para riscar/desenhar. 

Na verdade, a “espada de fogo” faz parte da “Queima de Espadas”, manifestação cultural que ocorre durante os festejos juninos em todo o recôncavo baiano, mas, principalmente, em Cruz das Almas, cidade natal de Zé de Rocha. Este folguedo atravessa gerações e remonta costumes medievais da Espanha e de Portugal. Um risco comum a muitas festividades tradicionais estabelecidas em torno do embate com o perigo. 

O que o artista propõe ao espectador é uma experiência estética a partir do fascínio exercido pelo fogo e pelo perigo, da convivência com o risco como fator inerente a toda atividade humana. Matéria para a sua arte, o risco que Zé de Rocha apresentará nesta mostra estará presente em grandes painéis de lona queimada e em vídeo.


O artista
Zé de Rocha é graduado pela Escola de Belas Artes da UFBA, onde atualmente é aluno no curso de Pós-Graduação em Artes Visuais e desenvolve a pesquisa intitulada Crônicas do Extremo, uma poética do RISCO. Participou de mostras coletivas em inúmeras galerias do estado e, após ganhar o grande prêmio da IX Bienal do Recôncavo (2008), expôs seus trabalhos em Ghiffa, Itália.


Serviço 
Exposição Risco (do artista plástico Zé de Rocha) 
Onde: Galeria do Conselho
Av. Sete de Setembro, 1330 – Campo Grande (anexa ao Palácio da Aclamação), Salvador/BA.
Abertura: 05 de outubro (sexta-feira), 19 horas
Visitação: Até 02 de novembro, segunda a sexta, 9 às 17 horas
Entrada Franca
Apoio: FUNCEB/SecultBA

Wednesday, June 06, 2012

correndo risco



O artista visual Zé de Rocha se prepara para mais uma exposição individual, em meio a um embrolho cultural. Entre os dias 19 de junho e 28 de julho, os primeiros resultados da série sangue-ígneo, produzidos com as "espadas de fogo" de Cruz das Almas chegam as paredes da galeria RV Cultura e Arte, ao mesmo tempo em que o Ministério Público fecha ainda mais o cerco em torno da "Guerra de espadas" da região.

Proibida desde 2011 na cidade, a fabricação ou queima da espada coloca o artista em um intenso fogo cruzado. Se por um lado o Ministério Público não abre mão da proibição, sustentando que a medida visa diminuir a quantidade de vítimas de queimaduras durante o São João, por outro, boa parte da população defende a continuidade da tradição popular, propondo que se estabeleçam regras para o fabrico e a queima do artefato, e pedidindo registro da festa como Patrimônio Cultural.

Nascido e criado em Cruz das Almas, Zé de Rocha parece construir em suas obras um relato rico da questão. Sua iconografia revela a violência das espadas, através das marcações feitas em tela, e o risco de utilizar o próprio artefato - quando se auto-retrata como espadeiro, o artista reproduz a paramentação de quem se arrisca na brincadeira. Mas ao mesmo tempo está também ali estampado o caráter performático e lúdico do "tocar espadas", sugeridos pelo movimento contínuo das linhas e a composição ampliada das imagens.

Para além das questões estéticas, no entanto, a série sangue-igneo reúne ainda impressões sobre a tradição e a importância cultural das festas juninas. Se a fabricação artesanal das espadas de Cruz das Almas é uma arte que atravessa gerações, conhecimento passado de pai para filho, a origem do festejo para São João com fogos de artifício, popular e pagão, remonta a costumes comuns também na Espanha e em Portugal, ou seja, fazem parte das muitas matrizes culturais brasileiras. 

Artista fora-da-lei, o que Zé de Rocha propõe ao espectador é um deslocamento. Quem observa a obra é convidado a perceber a intensidade plástica de cada trabalho, alheio a imposições jurídicas e desprendido da referência popular. Se o Ministério Público irá voltar atrás e liberar a tradição das espadas não há como afirmar, mas certamente Zé de Rocha inicia uma nova batalha no cenário da "Guerra de espadas". 

RV - Cultura e Arte
http://rvculturaearte.com/

Friday, April 20, 2012

manisfeto GUERRA DE ESPADAS


ster divulgação do manifesto
(serigrafia s/ papel, 60x40 cm)


Ontem, assisti a uma palestra do multi-artista Bené Fonteles, na Escola de Belas Artes da UFBA. Diz Bené que é papel do artista contribuir para a preservação do que a cultura brasileira tem de mais autêntico. Caro Bené, atualmente eu desenvolvo pesquisa de mestrado utilizando as "espadas de fogo" como instrumento de desenho. As "espadas" são fogos de artifício que fazem parte de uma belíssima tradição da minha terra natal, Cruz das Almas, no recôncavo baiano. Infelizmente, faltou ao poder judiciário percepção da riqueza e das potencialidades desta manifestação popular conhecida como Guerra de Espadas. A prática deste folguedo centenário está "proibida"! A cultura baiana está em luto, pois, perdeu-se um gigantesco manancial de conhecimento e arte.

Tuesday, April 03, 2012

onde mora o RISCO

Mais um registro das experiências com "Espadas de Fogo" de Cruz das Almas. O desenhos realizados são parte de minha pesquisa de mestrado em artes visuais intitulada Crônicas do Extremo, uma poética do RISCO.
Neste vídeo, a revitalização de um antigo depósito para ser usado como atelier.

Thursday, December 08, 2011

Risco: o perigo no traço

sangue-ígneo
2011, lona tratada e queimada com "espada", 220x150 cm
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detalhe
detalhe
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Minha pesquisa apontou para o RISCO. Percebi a íntima relação entre meu projeto poético e a Guerra de Espadas” - manifestação cultural que ocorre em minha cidade natal, Cruz das Almas, recôncavo baiano.

Durante os festejos juninos, parte da população sai às ruas para "duelar" em demonstrações de coragem empunhando um artefato muito peculiar feito com bambu, argila e pólvora, as chamadas "espadas de fogo".

Passei a utiliza-las como instrumento de riscar, produzindo meus atuais desenhos. Nesta postagem, uma pequena prévia dos resultados que estou obtendo.

"Espadas" de Cruz das Almas

Monday, December 05, 2011

Antologia Rabisco

No dia 10 de dezembro (sábado), a partir das 18h30, a comic shop e Galeria RV Cultura e Arte, receberá o lançamento da Antologia Rabiscos de Desenho e Arte Contemporânea.
O livro apresenta seleção de trabalhos de sete jovens artistas baianos que transitam entre diversas linguagens gráficas, tendo como expressão principal o desenho. Foram escolhidos quatro artistas provenientes do interior da Bahia – Marcio Junqueira, Don Guto, Carol Belmondo e Zé de Rocha – e três desenhistas soteropolitanos – Daiane Oliveira, Bruno Marcello e Davi Caramelo.
Uma prévia da edição pode ser vista aqui: http://issuu.com/roteirizandohq/docs/rabiscos_cor
O lançamento contará com exposição e presença dos artistas da edição, além de uma oficina de desenho do artista Zé de Rocha. As inscrições para a oficina serão feitas até o dia 04 de dezembro através do blog www.antologiarabiscos.wordpress.com e a aula acontecerá na tarde do sábado, 10 de dezembro, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Campus Ondina)

Jogos de Retaliação

Jogos de Retaliação, carvão (muito carvão!) s/ papel,
200X150cm
Um pouquinho do que estou descobrindo através do curso de mestrado.
(Além de toda ansiedade e preocupação de não dar conta de tanta coisa em tão pouco tempo!)
Nesta postagem, a primeira depois de mais um longo período sem publicar nada, o resultado apresentado na exposição "Quereres", coletiva com os colegas de curso.
detalhe
detalhe

Tuesday, September 13, 2011

Quereres

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Estou sumido. Não é à toa!
Estou focado na minha pesquisa de mestrado. Os primeiros resultados da minha turma podem ser conferidos a partir do dia 16 de setembro na coletiva "Quereres". A curadoria é do professor Eriel Araújo.

Thursday, March 03, 2011

ILUSTRAÇÃO

2011 começou bem! Realizei a ilustração de capa da versão impressa do Guia do Ócio. Esta publicação é organizada pelo jornalista Antônio Moreno e "desde 2000 pode ser encontrada em bancas de revistas, livrarias, lojas de conveniências e nos principais hotéis da cidade. É adquirida por turistas, mas também por baianos, que assim podem se programar em relação à efervescente programação cultural da cidade ou conhecer melhor os seus atrativos."

BED BOX

BED BOX (ou Cama Box) foi exposta no XIII SALÃO MUNICIPAL DE ARTES PLÁSTICAS DE JOÃO PESSOA - SAMAP como o desenho/gravura/escultura visto nas imagens desta postagem. Mas o projeto só se realizará completamente como uma instalação composta por um total de 15 ou mais dessas peças dispostas de modos diversos. São “colchões” confeccionados pelo empilhamento de placas de papelão, com rodas articuladas possibilitando mobilidade. Na face superior, imagens serigrafadas que representam o próprio autor dormindo em diversas posições e coberto por jornais velhos, como fazem os moradores de rua. Ao percorrer o centro da capital baiana, inevitavelmente convivemos com gente que dorme ao relento sobre improvisadas camas de papelão. O sociólogo suíço Zigmunt Bauman denomina essas pessoas de "refugo humano" ao escrever sobre a produção de lixo como uma das principais características do período em que vivemos.

Odiamos essas pessoa porque sentimos que aquilo que elas sofrem diante de nossos olhos bem pode se mostrar, e muito em breve, um ensaio de nosso próprio destino. Fazendo o possível para afastá-las de nossas vidas – recolhê-las, trancá-las em acampamentos, deportá-las –, pretendemos exorcizar esse espectro.” (Zygmunt Bauman, Vidas Desperdiçadas, p. 158)

Monday, August 23, 2010

Cronache dall'estremo

Entrada da galeria
Nota no jornal "La Stampa"
A viagem que fiz para montar e abrir uma mostra individual na Sala Esposizione Panizza, na bela cidade de Ghiffa (Italia), não poderia ter sido melhor. A maior parte desse sucesso agradeço aos amigos que deixei em Milano e às novas amizades que fiz em Ghiffa. Muitíssimo obrigado a Ubaldo, Carol, Alessio, Anna "Rana", Luigi, Gil, Renzo, Loredana, Nicola, Angela, Sissi e especialmente a Vanessa e ao professor D'Avossa, do qual transcrevo um pequeno trecho do texto escrito para exposição:
Dall’estremo...cronache e storie...Zé De Rocha ci racconta...
Da quando Zè De Rocha, giovane artista brasiliano nato nello stato di Bahia, ha vinto il primo premio della IX Biennale Del Reconcavo del 2008, si è sviluppato nel suo lavoro um tema che lo aveva già catturato iconograficamente: si tratta di quella forma di violenza che spesso accompagna la vita quotidiana delle grandi metropoli. Naturalmente non è solo la tematica scelta a rendere interessante il suo lavoro ma è soprattutto l’articolazione interna che poi lo rende singolare e praticamente unico.Il processo di narrazione visiva incontra nel suo farsi più tecniche e linguaggi, questo significa prima di tutto che Zè De Rocha si situa in quell’area dell’arte contemporanea recente che attiva la costruzione dell’immagine attraverso la sua decostruzione narrativa.(...)Il protagonista di queste cronache è l’artista stesso che tuttavia sfugge all’autoreferenzialità e soprattutto sfugge alla facile trappola dell’autoritratto. L’io si sdoppia e si triplica si nasconde e si mostra sino all’impossibilità di riconoscersi.(...)E’ allora interessante riflettere su um aspetto poco frequentato dalla attuale produzione artistica quello dell’impossibilità a rappresentare o a rappresentarsi attraverso le immagini, che tradiscono sempre come ci aveva insegnato Renè Magritte. Zè De Rocha lo sa bene questo, e allora decostruisce l’immagini del suo io in altri perché nessuno è veramente io e tutti sono falsamente altri.(...)
Nebbiuno 7 8 2010 Antonio D’Avossa

abertura da mostra
Professor D'Avossa falando sobre o trabalho de Zé de Rocha
Público ouvindo D'Avossa. Vista da galeria para o Lago Magiore
a pequena AngelaTina Sartori Felley, presidenta da entidade "il Brunitoio", que me convidou para expôr Tina e meu queridíssimo amigo Ubaldo Gil, Carol e Alessio: meus amigos de Milano compareceram vista da mostra vista da mostra
vista da mostra
vista da mostra
no chão, o projeto entitulado "Bed Box" Vista superior da "Bed Box""sono straniero" apresentado como matriz para serigrafia
material promocional, convite, cartaz, etc livro de assinaturas
Jantar na casa do sindaco (prefeito) de Ghiffa, Roberto (primeiro à direita)