


Minha pesquisa apontou para o RISCO. Percebi a íntima relação entre meu projeto poético e a “Guerra de Espadas” - manifestação cultural que ocorre em minha cidade natal, Cruz das Almas, recôncavo baiano.
Durante os festejos juninos, parte da população sai às ruas para "duelar" em demonstrações de coragem empunhando um artefato muito peculiar feito com bambu, argila e pólvora, as chamadas "espadas de fogo".
Passei a utiliza-las como instrumento de riscar, produzindo meus atuais desenhos. Nesta postagem, uma pequena prévia dos resultados que estou obtendo.
"Espadas" de Cruz das Almas
“Odiamos essas pessoa porque sentimos que aquilo que elas sofrem diante de nossos olhos bem pode se mostrar, e muito em breve, um ensaio de nosso próprio destino. Fazendo o possível para afastá-las de nossas vidas – recolhê-las, trancá-las em acampamentos, deportá-las –, pretendemos exorcizar esse espectro.” (Zygmunt Bauman, Vidas Desperdiçadas, p. 158)